sábado, 20 de janeiro de 2018

Uma sombra esquecida

Caminho numa vereda, agreste!...
Até o sol se apresenta, tímido.
Tudo se move e o chão sem veste.
Parece chorar um amor vencido.

Ai Alentejo!... Este vento que sente.
Percorre o montado como… zumbido.
Aqui e ali, eu juro, está presente:
Uma alma perdida num rio tingido.

Caminho por horas a fio e a aragem
é a companheira de todas as horas.
Leva os meus sonhos na cor das amoras.

Leva a saudade, algumas, demoras…
Enquanto eu levo como bagagem:
A sombra esquecida por entre a ramagem.




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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo