domingo, 20 de agosto de 2017

Silencio…!

Reina, invisível… Nem as paredes sabem
 a cor. Ou o cheiro do seu eterno bafo.
São tantas as nuances que não cabem
na casa desventrada… subtil e cálido!

Não, não são temores… nem aragem!
Muito menos instante… renegado.
Pode ser a planície ou a até a margem
de um ribeiro, rude, sempre tresloucado.

Procura por mim… Mas finjo não ver.
Tal como a terra: faço dele mortalha!
É o meu vestido de baile. Que fazer?

Se o silencio é irmão e é sempre canalha.
Veste-se a preceito sem qualquer prazer.
E faz da solidão um campo de batalha!                                                        



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