Estou despojada deste sentimento de posse.
Sei que sou o recipiente que fertiliza a emoção.
A marioneta que alcança a imaginação.
O portal onde dançam os receios ou os sonhos.
Por tudo isto não sei o que é isso; da minha poesia!
—
Não…!
Quando os versos são caravelas em mar revolto de ambição.
Quando os sentimentos são fantoches na minha mão.
Mesmo que as palavras agonizem, estou imune à pena.
Sendo a própria pena a ferramenta de trabalho.
E as alegrias as orgias onde deleito o prazer.
Porque será que sinto que a poesia não é minha?
Quem sabe… Porque são os versos os filhos bastardos
na roda da sobrevivência!
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