quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Desejo...

Se eu confessar que és o sol do meio-dia…
Um punhado de seiva numa árvore agreste…
És o querer com vontade, quem diria!
Que até és a pele que o impossível veste.

Se eu confessar: Que podes ser nostalgia…
A minha raiz, o meu ser, bem-querer celeste!
Um raio de luz, pingo de chuva, ou a magia…
Das manhas orvalhadas e do vento de leste!

Será que o tempo que se dilui em lamento.
É aliado da fantasia que me visita amiúde.
Enquanto espero e não espero e intento…

Todos os sonhos de uma vida que invento!
Na pequenez que o ápice olvida e ilude…
Um desejo de cor que se dissolve no vento




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