quarta-feira, 1 de junho de 2016

Não sei...

Se em todos os olhares se perdem as sombras,
 a penumbra augura filamentos desconhecidos,
de um verde esverdeado pela sombra da tarde.
Enquanto ao sul as cigarras adormecem!

Que tempo é este onde os dias se escondem?
Se as noites adivinham sonhos por cumprir!
Pergunto: que tempo é este?
 Se até os passos são metas sem som!
Se as sombras deambulam pelo riachos do tempo,
enquanto a alma permanece imóvel e o vento…
Esbarra nos muros em lamento.

Não sei. Se é de mim, ou do tempo.
Se é o vento ou a alma, ou se os passos
se aprisionaram à sombra e a tarde
há muito virou costas.
Não sei.  

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo