sexta-feira, 25 de março de 2016

Tempo de Páscoa...

Eu sei Meu Deus…
Deves andar muito ocupado!
O mundo está de pernas para o ar,
e somos todos infiéis.
Mesmo que juremos o contrario!
Eu sei meu Deus…
Vivemos com um olho no burro
e outro no cigano.
Mas… somos todos Teus Filhos,
seja qual for a cor da pele,
ou o nome que damos à ambição.
A Omnipresença é Una,
na energia que movimenta a terra.
 Todos os credos indicam a Tua Soberania!
Por isso Meu Deus…É tempo de Páscoa:
 olha pelos que sofrem e o sangue de Jesus:
seja a cura para as chagas da humanidade.

sábado, 19 de março de 2016

Contramão...

Vejo em ti uma mistura agridoce,
num jeito traquino de olhar o dia.
Vejo uma ruga na testa, olhar triste.
Ou…um sorriso altivo!

Vejo em ti:
tudo o que foi um dia de verão.
Luar que inunda a noite,
onde as estrelas pernoitam.

Vejo em ti ao cair da tarde,
a minha solidão.
Vejo também o tempo a passar
e nós dois em contramão.


Basta um dia de sol

Diz… porque choram os lírios
num Março serôdio,
se as brancas margaridas
inundam a planície.

Diz… porque choram os meus olhos
ao cair da chuva,
se a lembrança do teu rosto
está presente.

E porque vives bem sem mim,
no corre-corre da vida.
Se tal como os lírios e as margaridas…
Basta um dia de sol, e se abre uma flor!




Pedras...

Cavaleiros solitários,
emergem do ventre da terra!
Baluartes resgatados à memória,
em branco cinzelado de sangue.

Sal e suor em tons rosa.
Imponência viva,
em sono profundo.
Ouro extorquido à terra,
gretada p`la força da vontade.
Na qual resta a frieza da pedra.

Reminiscência ou apelo,
através do tempo…
Vigiam na quietude o abandono,
no berço que um dia
lhes mostrou a luz do sol.

Esperam um olhar.
Num gesto de afeição.
montes e montes de pedra,
ali estão…

Exército em vigília!
Aguarda p`lo sarar das feridas;
enquanto a paisagem reclama,
a sombra de um sobreiro.


Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo