quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Pouco é calabouço...

O morno de uma palavra sabe a tão pouco.
E o meio-termo delimita horizontes.
Só no reflexo de um grito astuto e rouco,
se libertam as asas que galgam montes.

_Que gritem: Vai o poeta nu deve ser louco!
Se ele augura enquanto bebe nas fontes.
_Sabem: muito é demais, pouco é calabouço.
E um verso deve ser ousadia, edifica pontes.

_Então: Porque se perde tempo que não há?
No frouxo de um pensamento assim – assim.
Quando num mundo cruel e ao deus dará,

impera a frieza da mordaça, impondo o fim.
Ao último dos poetas… Ou não fosse liberdade:
A rima nas asas de um poema em frenesim.
Foto: via Google.




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