quinta-feira, 14 de maio de 2015

Incrédulo...


Hibernam as palavras e com elas os sentidos,
as vontades, até os devaneios adormecem:
sem tempo! Na memória ecos em gemidos
do que foi sem ser… E todas as ilusões fenecem!

São letras e mais letras, vocábulos reprimidos.
Manhãs por recordar, que jamais acontecem!
Sonhos de poeta em carreiros desconhecidos,
viagem à tangente que me mantém refém.

De um mundo colorido! Mas pernoita a sombra
no limiar da porta. No acervo redescubro
um passo que não é, ou o que não foi é dia:

de sonhos em viés! Caminho paralelo:
e as palavras são a fortaleza da alma.
Pedras! Ou… recordação de olhar incrédulo.






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