quarta-feira, 22 de abril de 2015

Eu sei...

Que… Quando o vento entra pela janela,
traz nas asas partículas de fino fio.
Entrelaçadas as pérolas de um rosário;
Coloridas, e até as velas de uma caravela.

Traz dos trigais ao longe subtil silêncio.
Em que adivinho o teu rosto e uma aguarela.
Pintada em tons de azul! Tão simples e bela.
Nos traços redescubro o mistério…

Que é a alma de Poeta. Por vezes as palavras,
são sorrisos de criança, ou então borboleta.
Esvoaçam na memória igual a cometa.

Ou são rendas e brocados, sedas bordadas,
com as quais a imaginação se enfeita.
Eu sei… A alquimia pode ser perfeita!


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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo