E se o luar
fosse sinal de que o amanhã floresce,
se o verde
das árvores ficasse mais verde nesse luar.
E as pedras
da rua fossem cirandas ao circular.
Mas o luar é
só luar, as pedras, só pedras, e as árvores estão nuas.
Nessa nudez
sobressai a certeza de que a luz pálida da lua,
atrai todos
os Invernos.
Daí, o frio
que pressinto ser muito mais que isso.
É um glaciar
onde escasseia a vida.
Ou não fosse
a noite prenúncio pálido onde coabita o credo,
e eu creio, com
a crença propícia à cegueira…
O mundo não é
mundo se a paixão sucumbe.
E a noite,
ora a noite… logo mais dará lugar ao dia.
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