segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

No brilho do olhar...

De relance, e tudo acontece.
Cai o sol aos pés!
Não… não.
Afinal a lua sempre é redonda!
E qualquer rua pode ser o cosmos!
Diz que sou louca,
se tal me assumo,
ou que o dia nasce ao contrario…

De relance e tudo acontece,
no brilho do olhar.
Riem-se os ventos e as marés,
resta o mundo por desbravar!




domingo, 22 de fevereiro de 2015

Quem sabe...

Ofereço te um café,
na solidão do dia.
Uma conversa amena,
uma amizade sadia.
Ofereço te um café,
 ali, na encosta do silêncio.
Uma gargalhada,
e quem sabe convenço…
O amanhã.




terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Violência doméstica, há que denunciar sem medo ou vergonha.

Nos últimos dias muito se tem ouvido falar de violência domestica na comunicação social, mas há um pequeníssimo pormenor que me incomoda e certamente a alguns de vós, o facto de a campanha de sensibilização focar somente a violência sobre as mulheres, quando é mais que sabido que actualmente há centenas senão mesmo milhares de homens que sofrem as consequências desse mesmo flagelo, principalmente homens da dita terceira idade. Não seria mais correto por parte dos promotores da campanha colocarem homens e mulheres em pé de igualdade no que toca a violência domestica. Porque violência não é só física a psicológica por vezes tem danos irreversíveis, anula a existência, tira a auto-estima e isola a vitima do resto do mundo.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=669424

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Contigo falo de amor.


Contigo falo de amor.
Mesmo quando estou zangada
Contigo falo de dor
Outras vezes falo de nada.

Palavras repito no vento
Meu amor, és vida minha
És meu sol o meu alento
Minha chuva miudinha.
Meu amor, és guardador
Do acordar na madrugada
Das lágrimas de tudo e nada
Do rir, e do meu clamor.

Júlia Soares (pseudónimo) Poema do livro Em Paralelo






Mas se repararem.

 Reparem nos dias sempre iguais!
Nos abutres que roubam o sonho,
os filhos, até a dignidade.
Reparem no rosto duro e doído,
no céu prenúncio de vendavais…
Tudo se perde e não há quem brade,
Basta.

Reparem nas vestes,
reparem na sombra.
Ou na sua falta!
Onde falta o sol;
num calor a mais!
Reparem no campo,
na condição humana.
Reparem, reparem…
Mas… Esforcem-se ao olhar.

Foto: Alfredo Cunha.



  

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Mesmo assim...

Digo que te amo num silêncio truncado
pelo esquecimento que a vida reveza.
Digo que te amo, e as palavras soam vazias!
Falta o brilho do teu olhar.

Digo que te amo, até à eternidade
e além dela, porque sim, porque quero.
Porque sinto.
Este aperto no peito que a saudade alimenta.
Este vazio repleto da tua imagem.
Curvado e parado.
Parado no tempo de um beijo ao longe,
curvado no calor de um abraço, um sussurro.
Até já…

Digo que te amo e as palavras assustam as sombras,
que deambulam pela casa vazia.
Tudo são lembranças, nada mais,
ou vendavais!
E aí, grito que te amo e o vento enlaça o grito…
Amanhã ao acordar, será o vento quem te abraça.

Digo que te amo e as paredes, as sombras e o frio,
troçam desse amor por dias a fio.

Mas mesmo assim, digo que te amo!


Volto a repetir...

Porque repito e repito!
As palavras gemem, tão parcas no dizer!
Não apontam horizonte, ou trazem ideia renovada,
são quando muito, incentivo a olhar aguado.
Depressa se afasta de retina vazia!

Mas eu repito. Sofrer, amar, ciúme e mar, até maldizer!
Em versos de areia.
Porque teimo em ser poeta? Se não digo nada!
Porque teimo, se junto palavras esfarrapadas!
Bonitinhas, redondinhas, atrevidas,
empedernidas e destravadas, até amadas,
escanzeladas ou vaidosas. Outras vezes
Ardilosas, escorregadias, amorosas.
No final volto atrás, é tudo igual!

Mas que bem, mas que bom, mas que lindo.
Mas que fofo!
Merda… assim, vou ao céu e já venho…
Ao voltar olho o espelho, nem me reconheço.
Afinal sou poeta!!!

Desleal o carnaval, e eu repito, e volto a repetir.
Palavras vazias de ideias, futuro, ou estrada!
Amanhã, estão enterradas sem estima ou pavio,

e eu, voltarei  a repetir!!


Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo