segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Pés Descalços...

Chegaste na noite escura e fria, e o sol contigo.
Trave onde qual náufrago aflito, apreendo.
Alheia à destreza do sentir e para castigo.
Encaro inanimada a madrugada remoendo.

Uma saudade muito minha, penso comigo.
´´ Serei pedra esverdeada, gemendo ``
Ao sabor da intempérie… Mas não maldigo
todas as lições da vida. Nelas progrido.

Serei a ventania que assola a tua alma.
Ou então, a clareira onde depositas o sonho.
Serei mulher de pés descalços… Assim deponho.

Ambição num canto do quarto… a madrugada
dará lugar à aurora. As mágoas, esquecerei!
Ou não fosse o novo dia quem dita a lei.



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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo