quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Às vezes...

Às vezes acho todas as palavras desnutridas
Todas as pretensas obras de arte iludidas
Despidas de sentimentos.

Às vezes acho os poetas tão chatos
E as crianças tão traquinas
As pedras da rua, penso…
Serão ´´astros`` tombados com falta de ar
E os versos ou as frases, falta de mar
Em terra sem destino.

Às vezes acho que sou abissal
Com um olhar informal.
Outras que sou o diabo à solta.
Às vezes não tenho paciência…
Nem para ler, queria morrer
Ao empanturrar-me de letras.

Depois digo de mim para mim.
Desliga o botão… logo ali tropeço
Em versos e reversos sem miolo.

Às vezes acho os poetas tão chatos!
E coloco o pé bem no cimo do bolo.
Dou por mim engolindo a cereja
Tal criança sem limites.







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