quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Correntes...

Há correntes no imaginário
Elos embrutecidos pela soberba.
Corroem e maltratam os dias
Cobiça adjacente sem nobreza.

Porque serás homem…
Nada mais que isso.
Molécula de um mundo em decadência!
Porque serei mulher apenas isso.
Átomo desqualificado na ignorância!

Porque seremos robots,
Peças simetricamente fabricadas,
Porque seremos fantasmas
De mente enjaulada…

Porque serei e tu também
Nicho imperfeito do sentir.
A quem roubaram os sonhos
E o medo de colorir…
O nosso mundo caduco,
Que de tão podre
Está prestes a ruir.

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo