quarta-feira, 30 de julho de 2014

Se...

E se o tempo num repente cortar a sorte
Espada que existe,
Se a terra reclamar, em pó se desfizer
A matéria.
Se o tempo mudar o vento norte
E a morte cortar só por cortar o entardecer
E aí diz, de que vale o crer…

Se uma força invisível comanda a vida
Se terrenos nossos passos são moinhos
De Mós toscas em estilhaços.
De que vale lágrimas em cascata
Palavras surdas e fracas
De que vale.

E se o tempo da colheita então cessar
Tudo, porque olvidámos semear
Será que noutra vida a reboque
No ressurgir nos iremos encontrar.



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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo