Esta inercia
de vida que me leva a sorrir
Numa fita amarela
a prender os meus dias
Eu sei,
desconheço o que está por vir
Desconheço o
sonho, empurro alegrias
Num tempo
qualquer em que a vida parada
Nos diz que
o momento é pouco mais que nada
Eu peço
licença, seguirei curva estrada
Não olhando
ao sol ou se a chuva cair
Eu peço
licença ao ponto de embarque
Não importa
se o medo vem a reboque
As folhas de
outono são o meu sentir
Num tique-toque
de velho almanaque
Empurro a
vontade na vontade de rir.
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