A incerteza
que paira na manhã acinzentada
Na chuva
miudinha, nos chapéus-de-chuva lá fora
No silêncio
desta casa, no sentir que aflora
E tu que
será de ti nesta vida arrastada
Pela correnteza
do forçado ao sentimento
Onde horas e
minutos são apenas momento
Que deixam
no peito a marca de dia não ou dia sim
Responde deus
o que lhe trazes no fim
De uma vida
que passou e quase nada restou
A não ser o
instante em que o sentir mimou
O anseio
encoberto pelo parecer afinal
Tudo acaba
enfim numa cama de hospital
Eu que estou
de fora empurrada a contra gosto
Tudo me
parece distante e recordo o mês de agosto
As andorinhas
no céu um sorriso amistoso
É tudo o que
resta, a lembrança e o suposto.
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