domingo, 27 de outubro de 2013

Nada



Nada, tudo é negado
Envolto na neblina o mistério
Nada, o significado
De um nada que é nada afinal
O amanhã será tudo
Num juízo real
Minúsculo sentimento
Aos olhos de um amor surreal.


sábado, 26 de outubro de 2013

Anoiteceu


As evidências ultrapassam as certezas
Ai de mim ao vislumbrar a conclusão
Rodopio em espojinho de incertezas
Remoendo em debanda a ingratidão

Mas na vida nem tudo é luzente
De que vale perder tempo que não tenho
Ontem era criança impertinente
Hoje acontece, me sinto lenho

Que arde na fogueira do ciúme
Daquilo que nunca aconteceu
Mas que lida para quê o queixume
Se amanhã serei pó, anoiteceu.


Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo