domingo, 4 de agosto de 2013

Brado




De todas as palavras que se soltam
Do fundo da garganta reprimida
Os ``nadas`` são penas que denotam
Tudo o que na vida é desdita.

Caprichos nem sempre serão porte
Assim como febril não é a sorte
O timbre da garganta soa a morte
Sonolento o ouvido que então escuta.

Ai se o tempo das cerejas almejado
Trouxesse no regaço o bom ouvinte
Acredita que até num simples brado
Os ``nadas´´ soariam com requinte.

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo