segunda-feira, 3 de junho de 2013

O Palco



Eu precisava que o vento se sentasse a meu lado
Termos assim uma conversa sem instante marcado
Precisava que o momento guiasse o anseio
Por entre encostas de giestas entremeio

Careço de antemão de um ápice propício
Ao estender da mão a beleza do solstício
Mas não quero que o vento invente palavras
Vocábulos efémeros que assemelham adagas

Eu precisava que o vento entrasse pela janela
Se sentasse a meu lado numa conversa serena    
Então quem sabe uma refrescante aragem
Iluminasse o palco sem antever miragem

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo