domingo, 13 de janeiro de 2013

No final



Entreguei ao tempo os meus dias
Os pensamentos e as arrelias
Fiz dele um deus em altar de pétalas
Porém virou as costas com as borboletas
Vestidas na ilusão de um só dia

Entreguei ao tempo os meus desejos
Todas as ânsias e os almejos
Entreguei amor alguma dor
Fiz dele um palco de cor

Agora olhando atrás a reviravolta
Na vida tudo é fugaz, se esvai por qualquer porta
Aqueles que como eu ao tempo se dedicaram
Para sempre sozinhos em lagos que esvaziaram

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo