quarta-feira, 16 de março de 2011

Destino

Indago o destino
Se é que ele existe
Porque é alcalino
O olhar franzino
De um Outono em riste
Porque é que persiste
Numa saudade triste
Porque os olhos se cobrem
E as dores consomem
Os passos do homem
Se é a saudade
Que lhe traz vaidade
Se é a vaidade
Que lhe traz perplexidade
Ao recordar a idade
Dos dias compridos
Não existiam ouvidos
Onde pernoitassem bacelos
Se é a saudade
Em que tece novelos
Suavizados por mil cheiros

Que lhe diz caminha em frente
Olha que o fim está ali
Não vires costas ao presente
De um destino que te trouxe aqui.

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Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo