terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Espalhafato...

Acordei pensando que o dia é interminável
Que sou força variável, igual ao vento
Tão depressa é forte, como é impalpável
Logo sou pedra, a tender cabeça de vento


Viro p`rá a esquerda sou pedaço de papel
Viro p`rá a direita, esboço um lamento
Se fico ao centro entro num carrossel
Ai Jesus, indefinição que não aguento

Tenho dias assim, nada sou nada quero
Espeto a cabeça, espero, desespero
Sinto-me pião rodando sobre o eixo

Paro para pensar, dou por mim estou no ir
Levanto a cabeça, e farto-me de rir
Olha o espalhafato que me pende do queixo.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Palavras ao Vento Suão, Antónia Ruivo